SME de Campinas indica fechamento de salas de aula do EJA Barão Geraldo em 2020


Em 2020, o curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola do Guará, de Barão Geraldo, completará 30 anos de existência e, para surpresa de toda a comunidade, a Secretaria Municipal de Educação (SME) indicou, no pré-planejamento para o ano que vem, o fechamento de duas das quatro salas atuais do curso.
De acordo com o documento EM DEFESA DA EJA, a SME alegou “um reduzido número de matrículas” para justificar o fechamento das salas. No mesmo documento, os coordenadores do curso informaram que levaram para o pré-planejamento “o quadro histórico de matrículas de cada semestre nos últimos cinco anos, mas ele foi desconsiderado. A série histórica revela a manutenção do perfil de matrículas em números compatíveis com um atendimento adequado das especificidades das demandas formativas do público da EJA. Esses números são semelhantes àqueles encontrados nos cursos de EJA de várias outras unidades de nossa Rede”.
O indicativo da SME é que o EJA trabalhe com duas salas multisseriadas em 2020, sendo uma com os 1º e 2º termos e outra com as turmas dos 3º e 4º termos. Como se vê, tal decisão implica em uma aglutinação das salas, o que “enfraquece o curso e cria dificuldades pedagógicas. Teremos menos professores dedicados à construção de um projeto pedagógico que contemple as especificidades do público jovem e adulto. Acreditamos que a qualidade do curso que ofertamos está diretamente relacionada com a não rotatividade do corpo docente”, aponta o documento.
“A Educação de Jovens e Adultos não pode ser deixada em segundo plano. A cada ano cerca de 80 alunos se matriculam na Escola do Guará. A Secretaria Municipal de Educação deve saber que está demanda deve ser atendida da melhor maneira, sem fechamento de salas. Em um momento em que os ataques à educação não cessam, expressamos nossa solidariedade à Escola do Guará e nos apresentamos para agir pela permanência de plenas condições de trabalho dos professores e do direito dos estudantes à complementar sua formação”, declarou o prof. Wagner Romão, presidente da ADunicamp.


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