Charge | Precarização e desmonte da educação pública e gratuita e os interesses de grandes corporações do ensino privado


As repetidas tentativas de precarização e desmonte da educação pública e gratuita estão diretamente ligadas a interesses de grandes corporações do ensino privado.

Extremizadas nacionalmente no último governo, as tentativas de desmonte da educação pública tinham direção que vai muito além da ideologia.

Cortes bilionários quebraram e quase levaram à extinção diversas universidades federais, favorecendo diretamente grandes corporações ligadas à Anup (Associação Nacional das Universidades Privadas).

Anup, convém lembrar, presidida pela irmã do então ministro da Fazenda, Paulo Guedes, responsável direto pelos cortes e, ele próprio, com investimentos milionários no setor da educação privada.

O que acontece hoje no estado de São Paulo tem a mesma direção. Após anunciar o fim do livro impresso e adoção de livros digitais nas escolas estaduais, o governador Tarcísio de Freitas recuou, após intensas pressões da sociedade.

Acaba de recuar, inclusive, nesta segunda-feira 14 de agosto, da compra massiva de 68 títulos de livros digitais que havia negociado com a multinacional do setor, a Bookwire Brasil. O valor seria de R$ 4,5 milhão por título, para o acesso por um ano a ser liberado a estudantes da rede pública.

A Multilaser, empresa do atual secretário estadual da Educação, Renato Feder, mantém contratos firmados em 2022 com a sua própria Secretaria.

Vindo do estado do Paraná, onde também foi secretário da Educação do governo Ratinho Junior, Feder é um dos responsáveis pelo projeto, em implantação naquele estado, de transferência da gestão de escolas públicas para a iniciativa privada.

Enfim, há muito caroço a ser desvendado no meio deste angu.


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