Assembleia aprova Pauta Unificada do Fórum das Seis. Reivindicação salarial será de 11% de reajuste já!


A Pauta Unificada de Reivindicações (leia aqui) proposta pelo Fórum das Seis para a Data-base 2024 foi aprovada, com apenas uma abstenção, pela Assembleia Geral de docentes da Unicamp, reunida nesta quinta-feira, 4 de abril.

Na questão salarial, a Pauta propõe um reajuste de 11%, relativo ao reajuste da inflação dos últimos 12 meses, estimada em cerca de 4%, e mais a metade das perdas acumuladas desde 2012. A segunda metade referente às perdas salariais para voltar ao poder aquisitivo de maio de 2012 será negociada para pagamento no segundo semestre de 2024.

Outro ponto de destaque na Pauta é a proposta de se estabelecer uma política clara de valorização dos níveis iniciais de carreira, que tiveram perdas mais acentuadas devido aos impactos das reformas previdenciárias ocorridas desde o começo dos anos 2000. Para isso, a proposta é de uma alteração imediata nos intervalos que separam os salários referência dos vários níveis das carreiras, fixando-os em um mesmo valor de 7% e usando o salário base do MS6 como referência.

A presidenta da ADunicamp, professora Silvia Gatti (IB), afirmou que os resultados dos primeiros meses de 2024 e as previsões de arrecadação do ICMS para este ano, que podem até superar os R$ 154 bilhões previstos inicialmente, permitem com tranquilidade que o Cruesp atenda as reivindicações no plano salarial.

A Pauta ainda reivindica a imediata contabilização, para as universidades e Centro Paula Souza, do tempo de trabalho para fins de licença-prêmio e adicionais de tempo de serviço, como quinquênio e sexta parte, que é desconsiderada desde 2020.

PERMANÊNCIA E MELHORIAS

A Pauta Unificada reivindica dotações específicas, a partir dos orçamentos das instituições, “para assegurar políticas efetivas de acesso e permanência estudantil, seguindo padrões isonômicos entre as três estaduais paulistas e o Ceeteps”.

Os objetivos, entre outros, são a ampliação das políticas de cotas étnico-raciais e sociais, moradias estudantis em condições dignas, implementação de políticas de segurança alimentar e nutricional concessão de bolsas/auxílios de permanência estudantil e atenção e cuidados com a saúde mental de estudantes, em especial dos povos indígenas, “devido ao choque cultural representado pelo ingresso na vida universitária”.

As reivindicações (leia aqui) ainda incluem 17 pontos que objetivam melhorias nas condições de trabalho e estudo.

ELEIÇÕES ADUNICAMP

Os nomes que integrarão a Comissão Eleitoral responsável pela condução das eleições para a nova Diretoria da ADunicamp e para o Conselho de Representantes foram votados e aprovados por unanimidade pela assembleia. São eles: Águeda Bittencourt (FE), Emília Wanda Rutkowski (FECFAU) e Norma Wucherpfennig (CEL).

As eleições ocorrerão nos dias 14 e 15 de maio e o calendário eleitoral (veja aqui) foi iniciado nesta semana, com a divulgação do edital de convocação (confira aqui) da abertura do processo, teve continuidade com a eleição da Comissão Eleitoral e já está aberto também para a inscrição das chapas e de candidatos(as) ao Conselho de Representantes, que se encerra em 22 de abril. Estão aptos a se candidatar sindicalizados(as) até 16 de novembro de 2023.

A Diretoria deverá publicar e divulgar as chapas inscritas até 24 de abril de 2024, e o prazo para qualquer pedido de impugnação será encerrado cinco dias depois, dia 29.

FAIXA DE GAZA

A assembleia aprovou moção sobre o conflito e a crise humanitária na Faixa de Gaza, na Palestina, apresentada pelo professor Mário Antonio Gneri (IMEC). A moção já havia sido apresentada na última reunião do CR (Conselho de Representantes) da ADunicamp, ocorrida em 27 de março, mas por sugestão da professora Silvia ela voltou a ser apresentada e votada na assembleia desta quinta-feira. “Esta moção tem valor importante, por isso decidimos trazer para assembleia, que é mais ampla”, defendeu a professora.

A moção é a seguinte:

Pelo fim da crise humanitária em Gaza

Ante a grave crise humanitária que afeta à população da faixa de Gaza, a Assembleia de Docentes posiciona-se da seguinte forma:

1) Cessar fogo, liberação da entrada imediata de alimentos e assistência à saúde;

2) Liberação imediata dos reféns em mãos do Hamas;

3) Liberação imediata dos cidadãos palestinos presos por Israel;

4) Total apoio à denominada “solução dos dois estados” proposta pela ONU;

5) Repúdio ao atentado terrorista de 8 de outubro perpetrado pelo Hamas;

6) Repúdio ao terrorismo de estado perpetrado pelo governo Netanyahu, que configura verdadeiro genocídio contra o povo palestino de Gaza;

7) Fim da política do governo Netanyahu de erradicação de colonos na Cisjordânia;

8) Apoio à atitude do presidente Lula em defesa do povo palestino;

9) Fim da perseguição ao jornalista Breno Altmann.


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