Divulgação realizada por solicitação da Profa. Edwiges Maria Morato (IEL), na condição de sindicalizada. As opiniões expressas nos textos assinados são de total responsabilidade do(a)s autore(a)s e não refletem necessariamente a posição oficial da entidade, nem de qualquer de suas instâncias (Assembleia Geral, Conselho de Representantes e Diretoria).
A Associação Brasileira de Linguística repudia as recentes declarações do atual presidente da república e de seu ministro da educação acerca do ensino e da pesquisa na área de humanidades, especificamente em filosofia e sociologia. As declarações baseiam-se na ignorância e no preconceito.
O argumento de que se deve “focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte” é calcado no compulsório interesse do Mercado, que tradicionalmente ignora a importância da pesquisa em Ciências Humanas, a despeito de representarem 38% da comunidade de ciência, tecnologia e inovação no Brasil.
É importante ressaltar que a nossa Constituição prevê que a educação contemple três finalidades básicas: o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Nesse sentido, o ensino e a pesquisa nas áreas das humanidades são indispensáveis para a formação plena do cidadão.
A Associação Brasileira de Linguística apoia incondicionalmente a autonomia universitária, garantida constitucionalmente, afirmando assim o seu compromisso com o progresso científico – nas humanidades ou em qualquer outra área.
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