MOÇÃO DA CONGREGAÇÃO DA FCM/UNICAMP


A Congregação da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, reunida em 25 de novembro de 2016, vem manifestar sua contrariedade em relação a maneira com que a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo trata o financiamento de toda a área assistencial da universidade, composta pelos Hospitais das Clínicas, Hospital da Mulher (CAISM), Hospital Estadual de Sumaré, Hemocentro, Gastrocentro, CIPOI e CEPRE.
É necessário enfatizar o papel desempenhado por esse complexo assistencial na saúde não só da região de Campinas, mas em grande parte do interior do Estado. A área assistencial da Unicamp é 100´% SUS: não atende convênios nem pacientes particulares. Não temos dupla porta de entrada no sistema. Com somente 857 leitos, são produzidas por ano (dados de 2015) 36.841 internações, perto de 900.000 consultas, mais de 55.000 cirurgias, 350.000 exames de imagens e mais de 6.400.000 exames laboratoriais.
Como hospital terciário, são realizados mais de 320 transplantes/ano, a maioria dos partos de risco da região e atendimentos oncológicos de alta complexidade. Porém toda esta performance corre sério risco pelo desfinanciamento a que estamos submetidos, por não termos recebido qualquer reajuste, nos últimos quatro anos, nos valores de nosso contrato de atendimento SUS.
Enquanto a inflação na área hospitalar nos últimos 4 anos atingiu 60,6%, outros hospitais semelhantes ao nosso, vinculados ou próprios da Secretaria de Saúde do Estado, receberam acréscimo substantivo nos seus contratos. Dessa forma, somos pressionados a reduzir atendimento para contemplar o mesmo financiamento, sem qualquer correção.
A Universidade Estadual de Campinas já aloca recursos de seu orçamento que financiam mais do que 65% da área hospitalar, não sendo possível onerar mais o financiamento do ensino e da pesquisa de toda a instituição.
Conclamamos a sociedade, as instituições representativas dos profissionais de saúde, os conselhos de classe e a classe política da região a nos ajudar a nos mantermos como HOSPITAL ESTRUTURANTE na região que, conforme as regras da própria Secretaria de Saúde do Estado, mereceria um reajuste de 70% do financiamento pelo tipo de atendimento prestado.
Atenciosamente,
CONGREGAÇÃO FCM UNICAMP


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