Docentes da Unicamp decidem não entrar em greve e ampliar mobilizações dentro e fora da universidade


A assembleia geral de docentes da Unicamp, reunida nesta terça-feira, 04, decidiu não aderir à greve por tempo indeterminado, marcada para iniciar-se nesta quinta-feira, 6, proposta que havia sido colocada como um dos indicativos do Fórum das Seis dentro da campanha da Data-Base/2019. A assembleia decidiu também reforçar mobilizações, dentro e fora da universidade e ao lado de estudantes e trabalhadores técnico-administrativos, “em defesa do ensino público, gratuito e socialmente referenciado”.
Os/as docentes marcaram uma reunião para o próximo dia 11 de junho, 12h, na ADunicamp, com o objetivo de organizar as próximas mobilizações e ações em defesa da Educação e contra a reforma da Previdência, como a que deve ocorrer na Greve Geral do próximo dia 14. Assembleia anterior, ocorrida em 28 de maio, decidiu pela paralisação e participação em ações e mobilizações no dia da Greve Geral convocada pelas principais centrais sindicais do país.
Na questão da Data-Base, a assembleia decidiu aguardar o resultado da próxima reunião do Fórum das Seis antes de deliberar por novas ações. A reunião do Fórum ocorre nesta quarta-feira, 05, a partir das 13h, na cidade de São Paulo.
Ao final da assembleia, o presidente da ADunicamp professor Wagner Romão (IFCH) foi eleito delegado que representará a ADunicamp no 64º Conad do ANDES-SN que será realizado entre os dias 11 e 14 de julho, em Brasília. Os professores Paulo Centoducatte (IC), Nilo Sergio Sabbiao Rodrigues (FEA), José Vitório Zago (IMECC), Renato Dagnino (IG) e Luciano Pereira (FE) serão observadores da reunião.
INFORMES DAS UNIDADES
Docentes fizeram relatos de reuniões ocorridas nos últimos dias em suas unidades para discutir o indicativo de greve por tempo indeterminado proposto pelo Fórum das Seis e as ações e mobilizações em defesa do ensino público.
De acordo com os informes, há uma grande indignação com o reajuste apresentado pelo Cruesp, mas também o sentimento de que a greve seria inoportuna na atual conjuntura.
Foram unânimes as falas sobre a necessidade de integração de docentes, técnico-administrativos e estudantes nas ações e mobilizações em defesa da educação e da ciência.
CONSU E O 2,2%
O presidente da ADunicamp relatou, durante a assembleia, que a reunião do CONSU ocorrida no período da manhã acabou aprovando, por uma margem mínima de votos, os 2,2% de reajuste salarial.
Embora os números não tenham sido divulgados no comunicado oficial da reitoria da Unicamp, emitido após a reunião, a proposta foi aprovada por apenas dois votos de diferença: 28 a 26, com duas abstenções. “Isso mostra como a comunidade universitária da Unicamp está descontente com os 2,2%”, apontou.
A ADunicamp iniciou sua participação na reunião no CONSU com a apresentação de um manifesto, assinado pela diretoria da entidade, no qual contesta a forma como a negociação da Data-Base/2019 tem sido conduzida pelo CRUESP.


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