CR decide que ADunicamp deve agir em busca de formas e espaços alternativos de convivência no campus


A ADunicamp deve assumir, como uma de suas pautas de trabalho e reivindicações, a luta pela recriação e ampliação dos espaços de convivência na Universidade. Inclusive com a formulação de ideias e propostas, como feiras de produtos e alimentos, para a ocupação de territórios de diferentes pontos do campus. Essa orientação foi decidida pelo CR (Conselho de Representantes) da ADunicamp, em reunião realizada nesta quinta-feira, 27 de abril.

O debate sobre o tema foi proposto por integrantes do CR diante da ausência de soluções, por parte da Reitoria, para a reabertura das cantinas do campus, sistematicamente fechadas ao longo dos últimos anos. E a falta desses espaços, avaliaram, tem contribuído para o esvaziamento do campus e para reduzir drasticamente a indispensável convivência da comunidade acadêmica dentro da Universidade.

Além da convivência, a falta de cantinas dificulta não só a alimentação da comunidade acadêmica como também de visitantes que têm que se deslocar para fora da Unicamp para tomar refeições. Um quadro agravado ainda, segundo conselheiros/as, pela queda drástica da qualidade da alimentação servida no Restaurante Universitário.

A presidenta da ADunicamp, professora Sílvia Gatti (IB), lembrou que a Reitoria tem informado repetidamente a dificuldade de reabrir as cantinas no campus, devido à falta de interessados/as, uma vez que há normas legais que ela não pode descumprir ao abrir licitações. “A Reitoria argumenta que os termos de concessão de uso tornam pouco atraentes a lucratividade do capital investido, mas que ela não tem como mudar isso.”

Diante disso, apontaram integrantes do CR, é indispensável que as três entidades representativas da comunidade – ADunicamp, STU e DCE – se unam para pressionar a Reitoria a encontrar soluções e, também, para encontrar alternativas imediatas para a ocupação de áreas do campus e transformá-las em espaços de convivência.

Até porque duas das soluções propostas pela Reitoria, com consentimento das direções de Unidades, que são as máquinas de café e as de venda de produtos para lanches rápidos, não têm contemplado as necessidades mais básicas de docentes e estudantes.

A 2ª Tesoureira da ADunicamp, professora Maria José de Mesquita (IG), relatou que além de um café caro, as máquinas oferecem apenas produtos altamente industrializados, ultraprocessados, e “nem sequer um sanduíche ou algo assim” que possa realmente ser servido como um rápido lanche.

Ao final dos debates, a professora Sílvia propôs a criação imediata de um grupo de trabalho para receber, discutir e elaborar propostas concretas de alternativas para a criação de espaços de convivência no campo, buscando atrair inclusive grupos de geração de renda. A ADunicamp também abrirá um espaço em seus meios de comunicação para receber sugestões da comunidade acadêmica. O grupo de trabalho deverá apresentar as propostas concretas em, no máximo, 60 dias.

DATA-BASE  

Durante a reunião, a professora Sílvia informou sobre os andamentos em curso das negociações da Data-base 2023. No dia 12 de maio ocorrerá a primeira reunião do Fórum das Seis com o grupo técnico escalado pelo Cruesp para discutir as reivindicações e propostas de reposição e recuperação salarial decididas nas assembleias de base das categorias docente e técnico-administrativa.

“Queríamos que essa reunião fosse realizada em abril, para já termos uma consolidação da pauta em 1° de maio, quando começa oficialmente a Data-base, mas o Cruesp só agendou para maio”, relatou Sílvia. A primeira reunião de negociações com o Cruesp também está agendada para o dia 18 de maio.

“Assim, entre os dias 13 e 18, após a reunião técnica e antes da reunião com reitores, teremos as assembleias de base, em data ainda a ser definida. E, após a reunião com Cruesp, uma nova assembleia para debater e definir as propostas.”

A professora informou que já há um índice garantido pelo Cruesp de 7,1%, que é a reposição da inflação no período. “Mas a reivindicação decidida nas assembleias é 16,8%. Então é importante que todo mundo esteja atento e mobilizado. Só conquistamos avanços se estivermos mobilizados”, alertou.

A professora Silvia também reiterou a importância da participação de integrantes do CR nas eleições para a nova diretoria do ANDES-SN, que ocorrerá nos dias 10 e 11 de maio. Segundo ela, a Comissão Eleitoral que vai acompanhar as eleições na Unicamp já se reuniu e formulou regras para o debate entre representantes das duas chapas concorrentes, que ocorrerá em 4 de maio, de forma hibrida (presencial e online).

A Comissão Eleitoral também aprovou a proposta da Diretoria da ADunicamp de instalar urnas em algumas unidades e de forma rotativa entre os dois dias das eleições. “Então é muito importante que o CR encaminhe sugestões sobre os melhores locais para instalarmos essas urnas. E que também trabalhe na divulgação do debate e da eleição, para que tenhamos uma votação o mais representativa possível”, defendeu ela.


1 Comentários

ADunicamp

[…] na reunião do Conselho de Representantes (CR) da ADunicamp realizada em abril de 2023 (veja aqui). Imediatamente a presidenta da entidade, professora Silvia Gatti, criou o Grupo de Trabalho (GT), […]

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