Teve início na manhã desta segunda-feira, 27, o 43º Congresso do ANDES-SN, na cidade de Vitória (ES). Organizado pela Associação de Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes – Seção Sindical do ANDES-SN), o evento, instância máxima de deliberação da categoria, reúne cerca de 700 representantes de seções sindicais do Sindicato Nacional das cinco regiões brasileiras, para debater assuntos fundamentais aos direitos da categoria e para o fortalecimento da luta sindical.
A ADunicamp participa ativamente do Congresso, sendo representada pelas professoras Silvia Gatti (IG), Maria José Mesquita (IG) e Romilda Mochiuti (CEL); e pelos professores Nilo Sérgio Sabbion Rodrigues (FEA), Wanderley Martins (IA) e André Kaysel Velasco e Cruz (IFCH). A delegação da entidade foi eleita na Assembleia de Docentes, realizada no último dia 12 de dezembro de 2024 (leia aqui).
O CONGRESSO
Com o tema central “Só o ANDES-SN nos representa: dos locais de trabalho às ruas contra a criminalização das lutas”, o Congresso discutirá a conjuntura nacional e internacional, políticas educacionais, de gênero e raça, ambientais, condições de trabalho, assuntos de aposentadoria, entre outras temáticas, e formulará estratégias para enfrentar os desafios impostos aos professores e às professoras e à classe trabalhadora, de uma forma mais ampla. Além disso, será uma oportunidade de fortalecer pautas locais e nacionais, reafirmando o compromisso com a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada.
Ana Carolina Galvão, presidenta da Adufes SSind., destacou a importância histórica de sediar o evento. “A Adufes SSind. vai completar 47 anos em 2025 e é uma seção sindical com mais de 1.600 pessoas filiadas, tendo forte atuação no movimento docente do ANDES-SN. Tivemos um Congresso do nosso Sindicato Nacional em Vitória (ES) há 40 anos e é um grande prazer receber todas as delegações do nosso sindicato em Vitória, para realizar o mais importante evento deliberativo do ANDES-SN. Estamos colocando todo nosso empenho para fazer um grande Congresso”, afirmou.
A diretora da seção sindical explicou que a identidade visual da arte do Congresso foi concebida em memória aos 10 anos do crime ambiental cometido pela Vale/Samarco, em Mariana (MG). O rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 5 de novembro de 2015, resultou na morte de 19 pessoas e no derramamento de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. O crime contaminou a bacia do Rio Doce, afetando gravemente os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. “Ainda hoje comunidades inteiras do Espírito Santo sofrem as consequências da negligência e da ganância do capital”, ressaltou Ana Carolina.
O evento também ocorre em um momento delicado para a Adufes SSind., como explicou Ana Carolina Galvão. “Infelizmente, temos o desprazer de receber o Congresso no mesmo período em que a nossa universidade tenta cobrar boletos à nossa seção sindical, por ações de greve, o que se coloca como um grave ataque não somente à Adufes SSind., mas a todo o movimento da luta sindical. Estamos pedindo o cancelamento dessas cobranças há meses, mas até agora não há uma definição sobre o assunto”, criticou.
Programação
A programação do 43º Congresso está estruturada em quatro grandes eixos:
I – Conjuntura e Movimento Docente;
II – Planos de Lutas dos Setores;
III – Plano Geral de Lutas;
IV – Questões Organizativas e Financeiras.
Confira a proposta de programação, que ainda será aprovada na Plenária de Instalação:
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