A ADunicamp repudia a ação unilateral, antitrabalhista e autoritária da Reitoria da USP que tenta demitir sumariamente 26 marinheiros, trabalhadores do IO (Instituto Oceanográfico) da universidade, alguns dos quais com quase 40 anos de casa.

Resgatando de maneira súbita e sem notificação ou defesa um processo administrativo de 2009, que estava engavetado, o reitor Carlos Gilberto Carlotti Jr. surpreendeu os trabalhadores com a carta de demissão sumária.

Como os marinheiros se recusaram a assiná-la, o reitor ameaçou suspender o pagamento de salários, já a partir de abril. A ameaça só não foi consumada porque o reitor recuou, após a indignação da comunidade acadêmica que realizou uma grande passeata em defesa dos trabalhadores, neste 5 de maio, em frente à Reitoria.

Os marinheiros, em dedicação a USP há décadas, atuam nos navios do Instituto Alpha Crucis e Alpha Delphini e estão envolvidos em importantes pesquisas científicas financiadas, entre outras instituições, pela Fapesp e CNPq. Com capacidade técnica e dedicação amplamente reconhecidas, esses marinheiros sempre receberam salários, FGTS e demais direitos trabalhistas diretamente pagos pela USP. E a Reitoria, agora, não quer mais reconhecê-los.

A ADunicamp soma sua voz à da comunidade da USP e das demais entidades que exigem do reitor uma solução que preserve os empregos e seus direitos.