40 anos de luta pela democratização da terra no Brasil


O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) é uma das maiores, mais ativas e longevas organizações populares que se mantêm em ação no Brasil de hoje.

Há 40 anos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) erguia suas bandeiras de luta e resistência em Cascavel (PR), marcando o início de uma trajetória extraordinária, com a realização do 1 Encontro Nacional do MST, que aconteceu de 21 a 25 de janeiro, em 1984.

Desde então, o MST tem sido a voz dos trabalhadores rurais, incansavelmente dedicados à concretização da Reforma Agrária no Brasil.O 1º Encontro Nacional em 1984 foi um marco significativo, onde trabalhadoras e trabalhadores uniram forças para reivindicar seus direitos e moldar o futuro da agricultura brasileira. 

Dados de 2023 apontam que a organização já é composta, em 24 estados brasileiros, por 450 mil famílias assentadas e mais de 90 mil famílias acampadas. Organizadas a partir da produção da agricultura familiar, essas famílias atuam em 1,9 mil associações comunitárias, 160 cooperativas e 120 agroindústrias.

É, de longe, a organização que mais cultiva produtos orgânicos no país e não só: é a maior produtora de arroz orgânico da América Latina.

A importância do MST vai muito além das fronteiras agrícolas. Afinal, a agricultura familiar é responsável hoje por cerca de 70% dos alimentos que chegam às mesas brasileiras, no campo e nas cidades.

Em seus programas, o movimento propõe novas formas de organização social e econômica, a partir de uma Reforma Agrária e Popular com renda, emprego, moradia digna e educação em todos os níveis da comunidade. 

E defende que esse modelo se propague para organizações sociais urbanas, em especial para os “80% da população que vive de seu próprio trabalho e que precisa de um novo modelo de organização da economia”, baseado na solidariedade.

A solidariedade que permitiu, entre outras coisas, o MST a doar mais de 7 mil toneladas de alimentos e mais de 1 milhão de marmitas para famílias em situação de fome e insegurança alimentar, durante a crise sanitária da pandemia.

A ADunicamp apoia o MST como parceira e amiga da Escola Nacional Florestan Fernandes e também mantém o grupo de Consumo Consciente, com entrega de cestas de alimentos orgânicos cultivados pelas mãos dos agricultores e agricultoras do Assentamento Milton Santos em Americana (informações clique aqui).

Viva o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra! Que os próximos anos sejam de ainda mais conquistas, transformações e avanços na busca por uma sociedade onde a terra seja para quem nela trabalha. 

ADUNICAMP DEFENDE UMA DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS MAIS JUSTA NO PAÍS E O APOIO ÀS DIFERENTES FORMAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA!

 


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