A ADunicamp manifesta sua mais profunda indignação e repúdio diante da notícia urgente de que integrantes da missão internacional da Global Samud Flotilla foram sequestrados pelo Estado de Israel, enquanto realizavam uma ação humanitária legítima e pacífica, levando água, alimentos e medicamentos à população palestina em Gaza.

Entre as pessoas sequestradas estão integrantes brasileiros da delegação da Global Samud Flotilla, incluindo a vereadora de Campinas Mariana Conti (PSOL) – doutoranda em Ciências Políticas pela Unicamp –, cuja decisão corajosa de participar da missão foi integralmente apoiada pela ADunicamp, que já havia se manifestado publicamente em sua defesa. Também fazem parte da delegação o ativista Thiago Ávila, que já havia sofrido interceptação por parte do Exército israelense em junho/2025, e Magno Carvalho Costa, do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP). A missão brasileira se soma a delegações de outros 44 países, numa demonstração de solidariedade internacional ao povo palestino.

O que está em curso não é uma ação isolada, mas parte de uma política sistemática de violação do direito internacional, do sequestro de civis, da intimidação de ativistas e do ataque a ações humanitárias por parte de um Estado que pratica crimes contra a humanidade. O sequestro de integrantes da Flotilha, entre eles membros da comunidade acadêmica brasileira, é absolutamente inaceitável.

A ADunicamp exige que a Reitoria da Unicamp se manifeste imediatamente e publicamente em defesa da vida e da liberdade dos brasileiros sequestrados, posicionando-se firmemente contra mais esta agressão e assumindo seu dever institucional de proteger membros de sua comunidade.

Exigimos também que o Governo do Estado de São Paulo e, sobretudo, o Governo Federal atuem de forma urgente, contundente e pública, acionando todos os instrumentos diplomáticos e políticos disponíveis para garantir a libertação imediata e incondicional dos sequestrados.

A ADunicamp reafirma seu apoio integral à Global Samud Flotilla pela Palestina e sua missão humanitária e permanece vigilante, solidária e mobilizada pela vida e pela liberdade dos ativistas sequestrados. Nenhuma ação repressiva calará a solidariedade internacional nem impedirá a luta pelo fim do genocídio do povo palestino.

Diretoria da ADunicamp