Flotilha parte em direção a Gaza e ADunicamp reafirma apoio que sempre prestou ao povo palestino


Uma delegação brasileira, com 13 pessoas, integra a tripulação de mais de 300 ativistas que zarparam de Barcelona em um dos 20 navios da flotilha Global Sumud to Gaza, missão internacional que pretende romper o bloqueio imposto por Israel e levar, por meio naval, ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza, no Estado Palestino.

A flotilha partiu no domingo, 30 de agosto, mas teve que retornar horas depois, devido a uma tempestade em alto mar. Mas já zarpou de novo, nesta segunda-feira, 1 de setembro e navega em direção a Gaza. No próximo final de semana, a flotilha terá adesão de outras embarcações que partirão da Tunísia e de outros países árabes.

A ADunicamp apoia integralmente a missão e já se manifestou publicamente sobre ela ao defender a decisão da vereadora Mariana Conti (PSOL), doutoranda em Ciências Políticas pela Unicamp, que anunciou, em 26 de agosto, a sua participação na delegação brasileira da flotilha. O ativista Thiago Ávila, que estava a bordo do barco Madleen, interceptado pelo Exército israelense em junho, também integra a delegação brasileira, que se soma a delegações de outros 44 países, assim como Magno Carvalho Costa do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).

Esta é, segundo os organizadores, “a maior flotilha civil já organizada” na tentativa de furar o bloqueio e criar um corredor humanitário que permita a entrega de alimentos e medicamentos para a população palestina, dizimada pela guerra, por doenças e pela fome. Todas as embarcações contam com jornalistas, médicos e figuras públicas de destaque, como a ativista climática sueca Greta Thunberg, com o objetivo de dar ampla visibilidade mundial à ação e garantir a chegada segura da flotilha.

Neste sentido, dizem os organizadores, o “apoio de entidades ao redor do mundo todo é essencial”. Com seu apoio, a ADunicamp reafirma a sua postura contra o genocídio do povo palestino, atitude que tem tomado desde o início do atual conflito.

Já em novembro de 2023, quando o conflito mal começara, o CR (Conselho de Representantes) da ADunicamp referendou as propostas do manifesto que circulava nacionalmente intitulado Pelo cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza! Pelo fim do genocídio do povo palestino. Em agosto de 2024, o CR aprovou a adesão da ADunicamp ao então recém-criado Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino, que reúne integrantes de todos os segmentos da comunidade acadêmica da Unicamp. O Comitê, com participação e apoio da ADunicamp, tem promovido debates políticos, ações artísticas e culturais, divulgado textos e moções de solidariedade ao povo palestino.

Essas ações também resultaram na vigília promovida por estudantes da Unicamp, em julho deste ano, quando a assembleia estudantil aderiu a uma carta estadual em defesa da palestina, que cobrava posicionamento das universidades paulistas “pelo fim genocídio na Palestina e nas periferias do Brasil”.

O canal “Conexão ADunicamp” apresentou, em 2024, episódios intitulados Dois Olhares sobre Gaza. Neles, foram entrevistados o médico palestino Abdel Latif Hasan, membro da Fepal (Federação Árabe Palestina do Brasil); e o professor Marcelo Firer (IMECC), de origem israelense. O objetivo foi trazer à luz os diferentes olhares sobre o tema que coabitam na comunidade acadêmica da Unicamp, ou seja, formar e informar.

No 68° Conad do ANDES-SAN, a ADunicamp apoiou a proposta de “solidariedade ativa” ao povo palestino, que dizia: “Nenhuma reunião de trabalhadoras e trabalhadores pode começar a não ser pela discussão de como empenhar todas as forças no apoio ao povo palestino; a começar pela exigência ao Governo Lula de que rompa todas as relações como o Estado de Israel. É preciso fortalecer e ampliar a rede de docentes em solidariedade ao povo palestino.”


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