O dia 14 de novembro foi especialmente intenso para a Comitiva da ADunicamp na COP30 e na Cúpula dos Povos. As professoras Sílvia Amaral (FEF), Emília Wanda Rutkowski (FECFAU) e Maria José Maluf de Mesquita (IG) participaram de mesas e acompanharam debates e painéis que discutiram justiça climática, biodiversidade, mineração responsável e os caminhos para uma transição energética justa.
As professoras Sílvia Amaral e Emília Wanda Rutkowski participaram da mesa “Mulheres pelo Clima e Biodiversidade: Nossas vozes pela Justiça Climática”, dedicada à elaboração de uma carta coletiva e à troca de experiências entre mulheres que atuam na proteção do clima e da biodiversidade.
O encontro, organizado pela ANAMMA Mulheres, rede criada pela Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente, destacou a importância do protagonismo feminino na gestão ambiental, especialmente no nível municipal, onde políticas públicas se materializam e os impactos são sentidos de forma mais imediata.
Sílvia relatou que o espaço de diálogo foi fundamental para consolidar perspectivas diversas sobre justiça climática e para fortalecer redes de atuação feminina no enfrentamento das desigualdades socioambientais.
MAIS DEBATES
As docentes também acompanharam o debate da Juventude Latino-americana do Semiárido, durante o lançamento do “Manifesto da Juventude do Semiárido Latino-Americano” — documento estruturado em sete eixos, com destaque para a transição energética justa, as perdas e os danos, o financiamento climático e a agroecologia como política pública.
A mediadora destacou que “solidariedade é a principal tecnologia social dos povos”, enquanto a jovem paraibana Adailma Ezequiel, do Semiárido da Paraíba, afirmou que “agroecologia não é prática agrícola, é modo de vida”, sintetizando a potência das narrativas juvenis presentes no debate.
No espaço da Defensoria Pública, as professoras acompanharam ainda a apresentação do estudo sobre a viabilidade da exploração de potássio em Autazes. A atividade abriu espaço para a manifestação do povo indígena Mura, que questionou o processo de negociação da exploração mineral. De acordo com relato da professora Emília, uma representante denunciou que alguns anciãos teriam cedido antes que as tratativas assegurassem benefícios e garantias para toda a comunidade.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
A professora Maria José Mesquita participou do painel “Desafios da transição energética”, realizado no Pavilhão das Universidades, na Zona Azul da COP30. A discussão reuniu especialistas para debater os avanços tecnológicos, as oportunidades de desenvolvimento sustentável e a necessidade de políticas públicas capazes de acelerar a migração para uma economia de baixo carbono.
Além da professora Maria José Mesquita, também participaram da mesa Marisa Barros (Semil), Luiz Augusto Horta (Unifei), Alessandro Sanches (Instituto 17) e Thalita Dalbelo (Unicamp).
A professora apresentou o projeto “Estanho Responsável”, coordenado pelo IG/Unicamp em parceria com a Aliança para Mineração Responsável (ARM), a Organização do Cooperativismo Brasileiro (OCB) e cooperativas de Mineração Artesanal e de Pequena Escala (MAPE). A iniciativa busca apoiar cooperativas legalizadas de Rondônia, rastrear e certificar a cassiterita legal, reduzir impactos ambientais, recuperar solos degradados e melhorar as condições de trabalho das comunidades mineradoras.
Com intensa agenda e participação efetiva, a Comitiva da ADunicamp reafirmou seu compromisso com a justiça climática, com a ciência e com o diálogo internacional na COP30 e na Cúpula dos Povos, fortalecendo o papel da entidade nos debates ambientais e na defesa de políticas públicas sustentáveis, alinhadas à ciência, aos direitos humanos e à justiça socioambiental.
















0 Comentários