ADunicamp apresenta proposta orçamentária para 2026 e CR aprova recursos para reformas da sede


A Diretoria da ADunicamp apresentou para o CR (Conselho de Representantes) a proposta de Orçamento da entidade para 2026, em reunião realizada nesta terça-feira, 25 de novembro. Na reunião, a última do CR deste ano, os(as) integrantes do Conselho aprovaram a destinação de recursos para a reforma do restaurante e para a pintura externa da sede, que estão entre as diversas melhorias previstas para serem realizadas em 2026. O Orçamento para o próximo ano terá que ser aprovado em Assembleia Geral, a ser realizada em 12 de dezembro. “A assembleia é a instância decisória máxima, mas apresentamos aqui ao CR a proposta para eventuais sugestões e mudanças”, afirmou a presidenta da ADunicamp, professora Silvia Gatti (IB).

A professora Silvia fez a integrantes do Conselho um pedido especial de mobilização nas Unidades para garantir os votos necessários que garantam a continuidade do processo de mudança do Regimento Interno da ADunicamp. Ela lembrou que a consulta anterior, realizada no ano passado, não alcançou o quórum de “50% mais um” de docentes, condição necessária para a aprovação. “Faltaram apenas cerca de 120 votos”, apontou. Silvia insistiu na urgência da atualização do Regimento, cuja última revisão ocorreu há aproximadamente 20 anos, “em uma Universidade e em um ambiente sindical bastante diferentes dos atuais”. Assim, os(as) integrantes do CR foram chamados a atuar em suas Unidades, estimulando a participação da base na nova votação que está em curso desde 8 de outubro.

Outra informação importante relatada por Silvia na reunião foi sobre o material enviado a ela pela Reitoria com o detalhamento da proposta de autarquização do complexo de saúde da Unicamp. “A ADunicamp havia pedido repetidas vezes o acesso a esses documentos, mas só agora eles foram enviados pela Reitoria. A partir de agora pretendemos organizar um espaço mais amplo de debate, ainda não sei ao certo se em assembleia, ou em uma reunião geral, antes da próxima discussão do tema no Consu.” Silvia frisou que não pretende levar ao Conselho Universitário uma posição pessoal ou da Diretoria da ADunicamp, mas sim um posicionamento construído coletivamente com os(as) docentes. A forma e o calendário dessa consulta interna ainda serão definidos.

ORÇAMENTO DA UNICAMP

A presidenta também fez um relato sobre a última reunião do Fórum das Seis com o grupo de trabalho do Cruesp responsável pelas questões orçamentárias. Ela a classificou como “bastante positiva”, diante da apresentação de dados atualizados sobre a situação financeira das Universidades Estaduais Paulistas.

O Consu terá, em dezembro, uma sessão especial para debater o Orçamento da Universidade para o próximo ano. A ADunicamp já começou a analisar atentamente a peça orçamentária, com atenção não apenas às questões salariais, mas sobretudo às condições de infraestrutura e condições de trabalho, tema recorrente nas queixas docentes e refletido em recente relatório do ANDES-SN sobre saúde docente.

A ADunicamp, informou Silvia, está preparando um formulário técnico, com apoio de especialistas em diferentes áreas, para mapear junto à categoria docente e com mais precisão esses problemas de infraestrutura e condições de trabalho. A partir das respostas, será elaborado um relatório a ser apresentado à base e levado à Reitoria. Paralelamente, disse Silvia, será enviado à base um outro formulário para a avaliação da atuação da ADunicamp e o atendimento prestado por seus servidores(as).

CENTRO DE CULTURA

Na apresentação da proposta orçamentária para 2026, e justificando o aumento de recursos em algumas áreas, a diretora da ADunicamp professora Regina Célia da Silva (CEL) sublinhou o “salto” da ADunicamp na área cultural. O auditório da entidade consolidou-se como um centro de cultura, com um volume de atividades que “talvez nunca tenha sido tão grande”.

Mostras de cinema (italiano, francês e outras), de música, movimentos sociais e coletivos diversos e um grande número de atividades em parceria, foram apontados como exemplos de uma agenda que também já extrapola os muros da Universidade e dialoga com o entorno.

As linhas orçamentárias de ações sindicais e ações solidárias, que se mantiveram próximas ao previsto em 2025, seguem integradas à lógica da economia solidária. Parcerias com grupos como a Casa Laudelina, o MST e coletivos indígenas têm sido priorizadas na contratação de serviços e fornecimento em eventos da ADunicamp, articulando ação sindical, cultural e social.

Uma das principais novidades da proposta orçamentária é a criação de uma linha específica de “projetos especiais”, que passa a concentrar reformas, ampliações e outras iniciativas de médio e longo prazo. Nessa rubrica estão incluídos: reforma do restaurante da ADunicamp, pintura externa da sede, arquivo histórico, eventos e peças comemorativas dos 50 anos da ADunicamp, jardim da sede e sede em Limeira, entre outros.

Outro eixo destacado na proposta orçamentária é o “parque computacional” da ADunicamp. A TI da entidade realizou um levantamento de todos os computadores em uso, identificando máquinas com mais de sete anos de vida útil. A decisão foi centralizar, na Diretoria, a responsabilidade pela renovação da infraestrutura de informática, considerada estratégica para a segurança e preservação de dados. A proposta prevê a troca de praticamente todos os computadores, com exceção de poucas máquinas mais recentes, e a doação dos equipamentos antigos para outras instituições.


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