ADunicamp apoia mobilizações contra o desmonte da UEMG promovido pelo governo privatista de Romeu Zema


A ADunicamp apoia integralmente as mobilizações e lutas em defesa da UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais), conduzidas pela associação de docentes da universidade, a ADUEMG, diante do desmonte já iniciado pelo governo ultraliberal, autoritário e privatista de Romeu Zema.

Sem qualquer consulta ou debate com a comunidade universitária, Zema apresentou dois projetos de lei (3.733/2025 e 3.738/2025) que ameaçam, inclusive, a existência da UEMG. A partir da adesão de seu governo ao Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados), um dos dois projetos de lei apresentados propõe a federalização da universidade. Ele tem, inclusive, afirmado em entrevistas que “diploma de Universidade Federal vale mais que diploma de Universidade Estadual”, o que é notoriamente uma farsa, uma vez que este não é critério para avaliar a qualidade acadêmica. Os dois diplomas têm, em princípio, o mesmo valor.

“Constitucionalmente não existe a possibilidade de federalização bem como não existe precedente jurídico que possibilite ou garanta esta transição. O Projeto de Lei (3.738/2025) não traz nenhuma proposta objetiva de federalização ou incorporação das servidoras e dos servidores da UEMG para o quadro de servidores públicos federais da União”, afirma o documento de denúncia elaborado pela ADUEMG.

E assim, a partir dessa falsa declaração de federalização, que pode levar à extinção da UFMG, Zema apresentou o outro projeto de lei (3.733/2025) que autoriza o Estado a vender imóveis da UEMG com 45% de desconto para a iniciativa privada.

A ADUEMG tem mobilizado a comunidade acadêmica com plenárias e assembleias em todas as 22 Unidades da Universidade e está realizando reuniões, participando de audiências públicas em Minas Gerais e Brasília, com o objetivo de ampliar o apoio da comunidade universitária, de entidades da sociedade civil e de importantes setores da população contra o desmonte e a extinção da UEMG. Para isso, lançou a campanha “UEMG: quem conhece, defende!”, iniciada em 28 de maio, durante a Semana de Lutas e Mobilização.

“Para continuarmos nossa campanha e luta pela existência da UEMG, necessitamos de apoio para as ações e as lutas em defesa da UEMG realizadas em Belo Horizonte e no interior de Minas Gerais”, afirma manifesto público da ADUEMG. A próxima paralisação geral da Universidade está marcada para o dia 1° de julho, quando será realizada, em Belo Horizonte, uma audiência pública e uma Assembleia Geral Unificada. Também estão sendo organizadas caravanas de todas as 22 unidades acadêmicas da UEMG para participar da mobilização.

A UEMG tem unidades em 19 municípios de Minas Gerais, 18 delas em municípios do interior do Estado, com 22 mil alunos/as, 1.7 mil docentes e 600 técnicos e analistas administrativos, em 141 cursos de graduação, 37 cursos de pós-graduação, entre outros.


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