ADunicamp apoia o Plebiscito Popular 2025 e reforça mobilização pelo fim da escala 6×1 e por justiça fiscal


A ADunicamp aderiu oficialmente ao Plebiscito Popular 2025, iniciativa nacional que ocorre entre os meses de julho e setembro de 2025 com o objetivo de consultar a população sobre duas pautas de significativa relevância social: o fim da escala de trabalho 6×1 e a isenção do Imposto de Renda para pessoas com rendimento mensal de até R$ 5 mil.

Como forma de apoio à mobilização, a entidade disponibilizou uma urna física em sua sede, aberta à participação da comunidade universitária e do público em geral. A votação também pode ser realizada pela internet, por meio da plataforma oficial do plebiscito: https://plebiscitopopular.votabem.com.br/?id=10020FX5902.

Consulta nacional por justiça social

O Plebiscito Popular 2025 (saiba mais neste link) é promovido por uma ampla articulação de movimentos sociais, centrais sindicais, organizações religiosas, coletivos de juventude, entidades culturais e partidos progressistas. A proposta é fomentar o debate público e mobilizar a sociedade em torno de temas estruturais que impactam diretamente as condições de vida da classe trabalhadora.

Com caráter pedagógico e político, a consulta tem como objetivo pressionar os poderes públicos pela implementação de uma reforma tributária mais justa, por melhores condições de trabalho e pela valorização dos direitos sociais. A ADunicamp convida toda a comunidade acadêmica e a sociedade civil a participarem ativamente da iniciativa, entendendo que a mobilização coletiva é essencial para a construção de um país mais igualitário, democrático e comprometido com a dignidade do trabalho.

Histórico de mobilização da ADunicamp

O apoio da ADunicamp ao plebiscito está em consonância com ações anteriores da entidade em defesa do fim da escala 6×1. Em junho de 2025 (veja aqui), a entidade promoveu, em parceria com o STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp), a APG (Associação de Pós-Graduandos da Unicamp) e o DCE (Diretório Central dos Estudantes da Unicamp), o lançamento da campanha “Unicamp pelo Fim da Escala 6×1”, em um evento público realizado no Teatro de Arena da universidade. A atividade reuniu docentes, pesquisadores, representantes de movimentos sociais, sindicatos, lideranças estudantis e parlamentares.

A mobilização local integra-se ao movimento nacional “Vida Além do Trabalho” (VAT), que denuncia os efeitos da jornada exaustiva sobre a saúde, o bem-estar e a dignidade de milhões de trabalhadores e trabalhadoras em todo o país.

A pauta na produção acadêmica e na comunicação sindical

A temática também vem sendo abordada no videocast Conexão ADunicamp, produzido pela entidade. Em dois episódios recentes, especialistas discutiram os impactos e os fundamentos técnicos da proposta de fim da escala 6×1.

No primeiro episódio (assista aqui), o professor José Dari Krein, do Instituto de Economia (IE/Unicamp), pesquisador do CESIT (Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho) e membro da coordenação da REMIR (Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista), destacou a importância da mobilização sindical e acadêmica em torno da redução da jornada de trabalho como resposta aos desafios do mundo contemporâneo.

O segundo episódio (confira aqui) contou com a participação da professora Marilane Teixeira (IE/Unicamp), que apresentou o estudo “O Brasil está pronto para trabalhar menos: a PEC da redução da jornada e o fim da escala 6×1”. A pesquisa, desenvolvida por economistas e pesquisadoras do CESIT, teve como base a PNAD Contínua do IBGE e revelou que cerca de 21 milhões de brasileiros(as) trabalham além da jornada legal de 44 horas semanais. Segundo os dados, a aprovação da PEC beneficiaria cerca de 37% da força de trabalho formal do país, promovendo melhores condições laborais.

A ADunicamp reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos sociais, com a justiça fiscal e com a construção de uma sociedade mais humana e igualitária. A entidade continuará atuando ativamente em iniciativas que contribuam para a transformação das condições de vida da população brasileira.


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