Nesta quarta-feira, 21 de maio, o Presidente do Cruesp e reitor da Unicamp, professor Paulo Cesar Montagner, encaminhou ofício ao Fórum das Seis propondo nova reunião para retomada da data-base 2025. O encontro será no próximo dia 26 de maio (segunda-feira), a partir das 11 horas, na sala do Conselho Universitário da UNICAMP.

O agendamento se dá um dia após a realização de assembleias das categorias, que evidenciaram a insatisfação diante da proposta apresentada pelos reitores. A proposta feita pelo Cruesp, de apenas 5,51% de reajuste salarial para os(as) servidores(as) das Universidades Paulistas, foi considerada insuficiente e desrespeitosa pelos docentes da Unicamp, que estiveram reunidos na sede da ADunicamp (leia aqui).

Inicialmente, os reitores propuseram 5%. Após negociações elevaram para 5,51%. “E deram esse valor como definitivo. Obviamente, questionamos fortemente, com base em números, a posição dos reitores”, afirmou a presidenta da ADunicamp, professora Silvia Gatti (IB), Coordenadora do Fórum e responsável pela condução da reunião de negociação com o Cruesp, realizada no último dia 19 de maio (foto em destaque).

A limitação do reajuste a praticamente apenas a inflação do período (5,33%), relatou a professora Silvia, foi defendida pelos reitores sob o argumento de que a arrecadação do ICMS paulista, do qual sai a quota parte destinada às Universidades, não atingirá os R$181,8 bilhões previstos na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025.

“O Fórum das Seis discute se a arrecadação poderá ou não atingir os 181,8 bilhões de reais previstos inicialmente, mas, mesmo a partir das projeções mais conservadoras, avalia que certamente será superior aos 174 bilhões que os grupos técnicos do Cruesp preveem atualmente”, afirmou a professora.

As atuais previsões feitas pelos grupos técnicos do Cruesp realmente apontam uma arrecadação, até o final do ano, entre R$ 174 bilhões a R$ 179 bilhões. As projeções do Fórum das Seis, com base na arrecadação do primeiro quadrimestre de 2025, são a de que chegará a, pelo menos, R$ 178 bilhões. Um valor suficiente, segundo os cálculos do Fórum das Seis, para que o Cruesp dê início a proposta de recomposição das perdas salariais ocorridas a partir de 2012.

Agora, com o agendamento da nova reunião, o Fórum das Seis vai lutar para que o Cruesp se comprometa a construir uma política de recuperação salarial a partir da data-base 2025.