2014 foi um ano de intensas ações, avanços e mobilizações


Boletim da ADunicamp – 2015: Balanço


E tudo indica que 2015 não será diferente
A queda da produção industrial no Estado de São Paulo – que deverá ser ainda agravada em 2015 pela crise hídrica – tem provocado reduções sistemáticas da arrecadação do ICMS. O resultado é a redução de recursos para as universidades estaduais paulistas, o que exigirá uma grande mobilização da comunidade acadêmica para impedir eventuais tentativas de congelamento dos salários e cortes nos recursos para o desenvolvimento de pesquisa e projetos.
Além disso, a ADunicamp também já iniciou o planejamento e o trabalho para dar continuidade aos projetos iniciados e/ou consolidados em 2014.
Assim, em breve, iniciaremos as convocações de todos os nossos sindicalizados para que participem das assembleias que discutirão, entre outras coisas, a
Pauta Unificada do Fórum das Seis para 2015 e as nossas metas e ações prioritárias para o ano que se inicia.
E contamos com a participação de todos os sindicalizados nas nossas atividades sindicais, políticas e culturais.
POR UM 2015 DE GRANDES REALIZAÇÕES!
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RETROSPECTIVA ADUNICAMP 2014
UM ANO DE GRANDES CONQUISTAS
1 CEM DIAS DE GREVE
A atuação dos docentes da Unicamp, por meio da ADunicamp, foi decisiva na greve histórica que mobilizou, em 2014, as três universidades estaduais paulistas.
Confira:
O COMEÇO: IMPASSE NA NEGOCIAÇÃO
– CRUESP propõe o congelamento dos salários (reajuste ZERO) nas três universidades estaduais paulistas, o que significaria um arrocho salarial que não ocorre há anos.
– CRUESP diz que não havia como conceder reajustes porque todas as três universidades estariam com os orçamentos anuais comprometidos.
– Estudos apresentados por entidades representativas dos servidores docentes e técnicos administrativos das três universidades, entre elas a ADunicamp, provam que os argumentos do CRUESP não se sustentam.
– Orçamentos das universidades, e em especial da USP, estavam parcialmente comprometidos devido ao não repasse integral dos 9,57% do ICMS, por parte do Governo do Estado, e por erros de planejamento e gestão das reitorias.
– Em maio, CRUESP rompe unilateralmente as negociações e professores e técnicos-administrativos das três universidades entram em greve.
MAIS DE CEM DIAS DE GREVE
– Foram mais de 100 dias de greve.
– CRUESP apostou na desmobilização dos grevistas e travou pesada queda de braço. Mas a mobilização foi intensa.
– Assembleias semanais.
– Manifestações e passeatas.
– Aulas públicas e debates no campus, abertos a toda a sociedade.
– Encontros com deputados na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para mostrar a realidade financeira das universidades paulistas.
– Intensa mobilização, apesar da onda de boatos vinda de todos os lados, garantiu que a maioria dos professores não entregasse as notas, impedindo o fechamento do primeiro semestre. Impedir o fechamento do semestre foi fundamental para garantir a força da greve.
ADUNICAMP ROMPE O SILÊNCIO
– Ações da ADunicamp foram decisivas para garantir conquistas que levaram ao reajuste salarial e ao final greve.
– ADunicamp foi a primeira a conseguir abrir diálogo com a Reitoria. E trouxe o reitor José Tadeu Jorge para um debate aberto com os grevistas, em encontro que lotou o nosso auditório.
– Esse diálogo levou à proposta do reajuste de 5,2%, decidida em nossa assembleia, em 02 de julho.
– O reajuste foi incorporado imediatamente em nossa folha de pagamentos – na forma de abono – e a greve foi suspensa. Mas o estado de greve e as mobilizações foram mantidos até a decisão final do Fórum das Seis em terminar a greve.
– As conquistas na UNICAMP contribuíram para quebrar intransigência das reitorias da USP e da UNESP e forçar o CRUESP a reabrir negociações.
CRUESP CEDE E GREVE CHEGA AO FIM
– Diante da conquista obtida pelos professores da UNICAMP e das ações empreendidas pelo Fórum das Seis, o CRUESP foi obrigado a ceder. Com a retomada das negociações, o mesmo índice conquistado na UNICAMP foi estendido para a USP e UNESP.
– Na UNICAMP, o reajuste de 5,2% concedido na forma de abono foi incorporado aos salários.
– Só então a greve foi encerrada, em 23 de setembro.
2 APOSENTADOS E PARTICIPAÇÃO
– A luta pelos direitos dos aposentados foi reforçada em 2014. Na greve, por exemplo, a posição firme da ADunicamp foi decisiva para que a reitoria pagasse o abono também para os aposentados.
– Discussões sobre o projeto de moradia e temas ligados à longevidade, no Grupo de Trabalho dos Aposentados, fortaleceu a participação desse importante segmento dos nossos sindicalizados.
3 CULTURA E CONVIVÊNCIA
– Apesar do período difícil que atravessamos em 2014, com a longa greve que também forçou a reposição de aulas, mantivemos a programação semanal do Cineclube, com ___ apresentações, e realizamos os tradicionais Concertos da ADunicamp.
– Esses eventos reforçam a importância da ADunicamp como centro de encontros, convivência e troca de ideias e experiências entre os nossos sindicalizados.
– A estrutura do auditório foi melhorada e também foram adquiridos novos e modernos equipamentos de projeção. Com isso, a qualidade das apresentações do Cineclube melhorou muito, atraindo um número maior – e que tem sido crescente – de sindicalizados para nossas sessões das quartas-feiras.
4 AVANÇOS NA COMUNICAÇÃO
– A partir de um conjunto de ações iniciadas durante a greve, nossa Assessoria de Comunicação foi atualizada e fortalecida.
– Ampliamos nossos canais de comunicação com sindicalizados e com a comunidade acadêmica.
– Conquistamos a confiança da mídia externa, que tem sido decisiva para garantir nossa comunicação com o conjunto da sociedade.
– Ampliamos ações de comunicação na internet e nas redes sociais. Lançamos o Facebook da greve, que teve impactos significativos.
– Aumentamos a visibilidade do movimento e atendemos a demanda de nossos sindicalizados, que naturalmente anseiam por informação.
– Após a greve, iniciamos a reformulação dos sites (‘ADunicamp’, ‘Movimento em Debate’ e ‘Longevidade ADunicamp’) e temos em andamento um Plano de Comunicação que busca manter e ampliar os avanços.
– Reformulação dos mailings e das ferramentas de emissão permitiu agilizar a comunicação por e-mail com sindicalizados e com o público externo.
– Hoje, temos um mailing de mídia com os endereços de mais de oito mil veículos de comunicação e de profissionais de todo o País.
5 O OLHAR POLÍTICO E SOCIAL
– Mesmo com o fortalecimento de seu papel associativo e sindical, a ADunicamp manteve a importante missão de se posicionar diante de acontecimentos políticos e sociais que dizem respeito ao nosso universo de ação.
– Às vésperas das eleições presidenciais, realizamos um debate – transmitido ao vivo pela internet – com a participação de professores de diferentes tendências políticas que defenderam os programas de todos os candidatos que estavam na disputa.
– Com a realização de debates e a divulgação de informes e boletins especiais, estimulamos a discussão de importantes temas: a questão das cotas nas universidades públicas, o assédio moral nas universidades e instituições de ensino, o fim do título de doutor honoris causa concedido pela Unicamp ao ministro da Educação da ditadura militar, coronel Jarbas Passarinho, dentre outros.
6 DESTAQUE JURÍDICO
– O Departamento Jurídico da ADunicamp realizou centenas atendimentos e consultas aos nossos sindicalizados ao longo de 2014. Esses atendimentos foram referentes às mais diversas questões e dúvidas de nossos docentes, principalmente nas esferas civil e trabalhista.
– Graças a liminar conquistada pelo Departamento Jurídico, a ADunicamp garantiu o pagamento integral dos salários aos professores que recebem acima do teto (subsídio do governador), impedindo a Unicamp de promover qualquer redução nos vencimentos dos docentes sindicalizados, até decisão final da ação que tramita na Justiça.
– Ainda sobre a questão do teto salarial, a ADunicamp – em parceria com outras entidades integrantes do Fórum das Seis – desenvolve ações junto à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para conseguir alteração da base do teto, que passaria a ser considerado a partir do subsídio dos desembargadores e não mais do governador.
7 PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA
– Iniciamos em 2014 um amplo trabalho de resgate e preservação da história da ADunicamp, com a catalogação e digitalização de milhares de documentos, fotografias e imagens acumulados desde a nossa fundação, em 1977. Esse novo acervo será oportunamente disponibilizado para todos os nossos sindicalizados.
8 CONVÊNIO UNIMED
– Foram duras as negociações com a Unimed, sobre o reajuste anual e a manutenção dos planos existentes em nosso convênio. A comunidade interessada foi mantida informada através de boletins e assembleias específicas, com ampla participação dos associados. A postura assumida pela ADunicamp, firme e bem embasada juridicamente, permitiu manter os planos existentes dentro de parâmetros razoáveis, ao mesmo tempo em que resgatou canais de comunicação que vinham apresentando problemas nos últimos anos.
– Nossa expectativa para este ano é manter a mesma filosofia, defendendo o interesse de nossos associados e preservando o diálogo com um parceiro de longa data.
 
Notícia divulgada no Boletim da ADunicamp de 12 de janeiro de 2015
Acesse aqui e baixe o boletim
 


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