ADunicamp repudia sugestão do Ministério da Fazenda de fechamento de universidades estaduais do Rio de Janeiro


A diretoria da ADunicamp repudia integralmente e denuncia como um novo ataque às universidades públicas brasileiras a sugestão, apontada em parecer de órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, de fechamento das universidades estaduais do Rio de Janeiro, como uma das soluções para superar a crise econômica que aquele Estado atravessa.
O parecer, divulgado nesta terça-feira, 05/9/2017, pela Subsecretaria de Relações Financeiras Intergovernamentais, sugere “a revisão da oferta do ensino superior”, caso o Estado falhe em colocar em prática medidas de ajuste – entre elas a demissão de comissionados e servidores ativos – já acordadas junto ao Governo Federal no Regime de Recuperação do Rio de Janeiro.
O documento não cita diretamente a UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), que atravessa uma crise sem precedentes, mas técnicos do governo admitem que o fechamento da universidade seria uma opção.
De acordo com professores daquela universidade, a sugestão do parecer é muito clara, uma vez que o único setor colocado em destaque é o ensino superior. Professores e estudantes mobilizados pela hashtag #UerjResiste nas redes sociais, afirmaram que “quem acompanhou toda a tramitação do Acordo vai lembrar que o Governo Federal tem insistido em algumas dessas medidas, muito embora o governador  do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão e o presidente Michel Temer não tenham conseguido apoio dos deputados para aprová-las. A novidade é que, pela primeira vez, o Governo Federal coloca no papel sua intenção de extinguir a UERJ e as demais universidades estaduais do Rio”.
Para a diretoria da ADunicamp, tal proposta, vinda de um órgão do Poder Executivo, é um ataque brutal não apenas contra as universidades públicas do Rio de Janeiro, mas sim contra todo o sistema de ensino público brasileiro. Atacar esse sistema significa não apenas comprometer o futuro de nossas novas gerações, como também querer inviabilizar o funcionamento das instituições que respondem, de longe, pela maior parcela de produção de conhecimento do país. A quem interessa tal atitude?


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