Professores incluem debate nacional na pauta da campanha salarial e decidem por paralisação


IMG_8175Reunidos em assembleia geral, na tarde desta terça-feira, 17, os professores da Unicamp decidiram paralisar as atividades nos próximos dias 23 e 24 e realizar uma nova assembleia no dia 25 para discutir os rumos do movimento, que decidiu também incorporar o debate sobre o ensino público e questões da política nacional na campanha salarial de 2016.
A partir de amanhã, 18, serão realizadas atividades setoriais pelas diferentes unidades da Universidade e, nos dias 23 e 24, durante a paralisação, os professores promoverão debates e atos públicos dentro do campus. As unidades devem encaminhar a ADunicamp, nos próximos dias, a programação das atividades previstas e indicar membros para a comissão de mobilização, que se reunirá no próximo dia 20, na sede da associação.
As mobilizações foram aprovadas pela ampla maioria dos mais de cem professores que participaram da assembleia de hoje no auditório da ADunicamp.
Em reunião ocorrida ontem, 16, em São Paulo, o CRUESP apresentou ao Fórum das Seis uma proposta de reajuste salarial de apenas 3% para professores e funcionários das universidades públicas do Estado. Nos casos da USP e Unesp, o reajuste ainda está condicionado à aprovação dos Conselhos Universitários das duas universidades.
A proposta do Cruesp foi rejeitada pelo Fórum das Seis, que a considerou uma “não-proposta”. O Fórum propõe um reajuste de 12,34%.
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EDUCAÇÃO PÚBLICA E QUESTÕES NACIONAIS
A inclusão do debate das questões nacionais na agenda da campanha salarial deste ano foi reforçada na assembleia de hoje, depois de ser amplamente debatida pelos professores. De acordo com a maioria dos que se manifestaram, decisões recentemente anunciadas pelo governo provisório do presidente Michel Temer, assim como o plano de governo defendido por ele no documento “Ponte para o Futuro”, apontam para o desmonte do ensino público no país. Nesse sentido, é indispensável que os professores da Unicamp, já mobilizados em torno da campanha salarial, se manifestem publicamente sobre essas questões.
Também foi decidido que, nas mobilizações, os professores devem se manifestar sobre diversos outros projetos já em tramitação no Congresso Nacional e que retiram direitos e põem em perigo os serviços públicos, a exemplo do PLP 257/2016.
Colocada em votação, a proposta de incluir essas questões nos debates e atos públicos, durante a paralisação dos dias 23 e 24, foi aprovada pela ampla maioria dos participantes.
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