O indicativo continua na ordem do dia: Fortalecer a greve onde está instalada e intensificar a mobilização das categorias


Caravanas de servidores docentes, técnico-administrativos e estudantes, de várias partes do estado, fizeram um belo ato em frente à reitoria da Unesp nesta quinta-feira, 14/7. Às 11h, a comissão do Fórum das Seis foi recebida pelo reitor da Unesp, Prof. Julio Cezar Durigan. Terminada a reunião, que durou duas horas, a coordenação do Fórum resumiu os informes aos manifestantes, que não arredaram pé do ato:
– Em relação aos interditos proibitórios contra os estudantes em vários campi da Unesp, o reitor comprometeu-se a reavaliá-los, embora destacando que os pedidos partiram dos diretores locais.
– Sobre a questão da isonomia (a Unesp ainda não pagou sequer os 3% de reajuste), Durigan disse que, “no momento, não é possível”. Comprometeu-se apenas a reunir-se com as entidades sindicais da Unesp em setembro, a partir da avaliação da arrecadação do ICMS até lá, para discutir o pagamento.
– O reitor da Unesp comprometeu-se a prosseguir fazendo gestões junto ao Cruesp para que reabra as negociações com o Fórum das Seis.
– O reitor da Unesp também prosseguirá defendendo a realização de uma reunião tripartite (governo, Fórum das Seis e Cruesp) para discutir os problemas de financiamento das universidades estaduais paulistas.
Indicativos à categoria
Reunidas após a realização do ato, as entidades que compõem o Fórum concluíram que, embora o agendamento da reunião com Durigan tenha sido fruto da pressão do ato, os avanços foram pequenos.
A avaliação consensual foi que as razões que nos levaram à greve continuam na ordem do dia. A situação de desmonte nas universidades estaduais se agrava a cada dia. Em cada uma das universidades públicas paulistas, as perversas consequências da crise de financiamento manifestam-se a partir das prioridades estabelecidas por suas reitorias: setores foram fechados, as contratações e as carreiras de servidores docentes e técnico-administrativos estão suspensas, as
verbas de permanência estudantil e de custeio das unidades foram reduzidas e congeladas.
Na Unesp, sequer os míseros 3% de reajuste foram pagos, numa escancarada quebra da isonomia entre as universidades. Na USP, além do corte de ponto de parte dos grevistas, novos ataques foram desferidos. Reunido em 12/7, o Conselho Universitário da USP aprovou propostas encaminhadas pelo reitor Marco Antonio Zago: um novo Programa de Demissão Voluntária (PIDV 2) e um Programa de Incentivo à Redução de Jornada (PIRJ), que podem tornar ainda mais dramática a situação da Universidade (do HU, em particular), já castigada com a falta de pessoal após o último PIDV.
Diante deste quadro, o Fórum das Seis mantém os mesmos indicativos feitos em sua reunião anterior:
Fortalecimento da greve onde está instalada e a intensificação das mobilizações de todas as categorias, com os seguintes eixos:
– Pela reabertura das negociações entre Fórum das Seis e Cruesp;
– Contra o arrocho e pela isonomia entre as três universidades;
– Contra o desmonte das universidades;
– Pagamento dos dias parados na USP;
– Permanência estudantil.
A coordenação do Fórum agendará uma conversa com o presidente do Cruesp, Prof. José Tadeu Jorge, o mais breve possível.
As entidades do Fórum voltarão a se reunir na próxima quinta-feira, 21/7, para definir os próximos passos do movimento.
Vídeo sobre o ato:

Petições Eletrônicas
[box type=”info”]Paga, Zago! Paga, Durigan!
O Fórum das Seis montou uma petição pública que pede:
“Paga, Zago!”: Numa atitude repressiva e antissindical, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, autorizou o corte de ponto de centenas de trabalhadores da Universidade. Seu “crime”? Estão exercendo seu legítimo direito de greve, contra o desmonte da universidade pública e em defesa de seus salários e condições de trabalho. O corte foi discriminatório, atingindo principalmente trabalhadores do nível básico, ou seja, os que recebem menos. Por isso, reivindicamos: “Paga, Zago!”.
“Paga, Durigan!”: O reitor da Unesp, Julio Cezar Durigan, recusa-se a pagar aos servidores docentes e técnico-administrativos da Universidade sequer o mísero percentual de 3%, definido na mesa do Cruesp. Ressalte-se que esse índice é absolutamente irrisório frente à inflação dos 12 meses anteriores (maio/2015 a abril/2016), que ficou na casa dos 9,34%, segundo o ICV-Dieese. Com essa postura, o reitor Durigan desfecha um duro golpe na isonomia. Por isso, reivindicamos: “Paga, Durigan!”
Acesse aqui, Assine e divulgue[/box]
 
[box type=”info”]Manifesto do “Movimento pela Ciência e Tecnologia Públicas”
O Fórum das Seis é signatário da campanha online que questiona a Lei 13.243/16 (Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação), que desfecha ataque frontal ao complexo público de ensino superior e de pesquisa e representa grave ameaça aos interesses da maioria da sociedade em favor de interesses privados, bem como aponta para a destruição da capacidade nacional de produção de C&T de interesse público.
Assine aqui[/box]
 
 


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